Paredes vivas

22/09/2016

Medidas diminutas ou áreas já mobiliadas não são desculpas para abrir mão das plantas. Nesses casos, vale criar jardins verticais ou composições com vasos – o resultado é surpreendente.

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Proteção verde

Sair de uma casa com quintal generoso e ir para um apartamento é uma troca difícil. A segurança de morar em prédio e a vista privilegiada para um parque compensaram a mudança, mas a moradora ainda sentia falta de um contato direto com as plantas. Ela queria trazer o máximo de verde possível para a varanda de 15 m², mas sem comprometer a utilização do espaço. A solução dos arquitetos paisagistas Luiz Felipe e Luiz Gustavo Camargo Gomez, da Folha Paisagismo, foi criar um jardim vertical sobreposto ao guarda-corpo. “O espaço recebe bastante luz indireta, por isso escolhemos samambaias e antúrios”, explica Luiz Felipe. A dupla usou vasos plásticos com pontos de irrigação automática presos a uma tela metálica. Para dar acabamento, instalaram tábuas de peroba, que servem de moldura para a estrutura e também fazem as vezes de aparador.

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Natureza em quadro

Estreito, este espaço situado entre dois ambientes era inutilizado pelos moradores. Para aproveitar a área e valorizar a vista de quem está na sala, a arquiteta paisagista Catê Poli sugeriu revestir a parede com tijolinhos ingleses da Palimanan e criar um quadro verde de 2,40 x 2,40 m. Os vasos de plástico com samambaias, trapoeraba, hera-estrela, aspargo-pendente, filodendro-xanadu, véu-de-noiva, barba-de-serpente e chifre-de-veado foram dispostos de forma aleatória na malha de metal que sustenta a estrutura. “Gosto dessa mistura de espécies, deixa o jardim vertical mais interessante”, conta ela. À esq., vaso com pata-de-elefante. Próximos aos janelões, bambus-mossô com moreias na base. Arandela da Lumini.

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Paleta Natural

Cansada do quintal estreito e sem graça, a dona desta casa contratou os paisagistas Cris Costa e Giba Mesquita para deixar o espaço mais bonito e convidativo. “Ela queria algo elegante e prático, que demandasse pouca manutenção”, conta Cris. A sugestão da dupla foi aproveitar o muro dos fundos e criar uma parede verde de 8 x 2,40 m com ripsális, clorofitos, lambari-roxo, dinheiro-em-penca e antúrios. “Criamos uma composição com folhagens em diferentes tons e formatos para dar uma sensação de movimento”, diz Giba. Para montar a estrutura, eles usaram a técnica de Ecoparede, da marca Ecotelhado, em que cachepôs com pontos de irrigação são presos a perfis metálicos. Na parte mais baixa do muro, pintada de azul, vasos de barro com bromélias.

bomdeficar

Bom de Ficar

O piso de granito original do prédio deixava a varanda fria e impessoal. “A moradora queria que o local ficasse aconchegante, onde ela pudesse relaxar e ler um livro cercada de plantas”, conta o paisagista Odilon Claro, da Anni Verdi. O primeiro passo foi revestir o piso e a parede lateral com madeira de demolição. Ali, Odilon criou uma composição com caixas de aço galvanizado e vasos de cerâmica recheados de samambaias e peperômias. Logo abaixo, dois vasos maiores com antúrios e outro, próximo à janela, com pata-de-elefante. Para evitar respingos de água na madeira devido às regas, o paisagista criou um recorte no piso e o preencheu com seixos de rio. “Além disso, dá uma textura legal para o espaço”, acrescenta o profissional. Banco, vasos e lanternas da Anni Verdi.

DURANTE, S. Paredes Vivas. Casa e Jardim, Fevereiro de 2014. Disponível em: http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/noticia/2014/02/paredes-vivas.html. Acesso em 22/09/2016