6 dicas para ter orquídeas bonitas e saudáveis
Paixão nacional, as orquídeas alegram qualquer cantinho da casa ou do jardim. Confira as dicas de Lúcia Morimoto, presidente da Associação Orquidófila de São Paulo (AOSP), e mantenha suas plantas sempre vistosas e saudáveis!
1 Rega
Depende do tipo de substrato e do vaso em que a orquídea está plantada. Se estiver em um recipiente de plástico e com musgo, por exemplo, regue duas vezes por semana se estiver calor. Se estiver frio, uma vez é o suficiente.
Já em vaso de barro e com substrato tipo casca de pínus, a rega pode ser diária. Isto porque, o barro permite a evaporação da água por todos os lados.
Antes da rega, observe se a terra está seca ou não. Se estiver úmida, espere mais um ou dois dias para molhá-la. Outra dica legal é molhar a planta inteira no momento da irrigação, como uma chuva mesmo. Isso ajuda a evitar o aparecimento de pragas como pulgão e cochonilhas.
2 Cultivo
Os vasos de barro são mais indicados para ambientes de clima ameno e fresco, enquanto que o de plástico tem melhor desempenho em lugares secos, justamente por manter a umidade por mais tempo. Instalar as orquídeas em árvores de casca rugosa também funciona muito bem. Para isso, deixe a brotação voltada para o tronco, de maneira que as raízes busquem e se fixem nele. Do contrário, as raízes ficarão aéreas e a planta terá dificuldades para se fixar. A rega neste caso pode ser diária, principalmente no início, quando ela estará emitindo suas raízes. Evite as espécies que não são epífitas, como as terrestres ou as que precisam de muita água.
3 Adubação
Adubo balanceado tipo NPK 20-20-20 é o suficiente para o crescimento de orquídeas. Invista em fertilizantes que diluem na água ou adubo sólido. Mas cuidado para não adubar demais! As orquídeas possuem metabolismo muito lento e o excesso de fertilizante pode acabar salinizando o substrato. Quando líquido e bem diluído pode ser adicionado a cada 15 dias. E se for sólido: a cada 3 ou 4 meses.
4 Replantio
Embora a orquídea cresça bem devagar, suas raízes são muito ativas e é preciso prestar atenção à data de validade de substrato. Pelo menos uma vez por ano retire sua planta do vaso e observe se as raízes estão saudáveis. Caso esteja escura, é necessário fazer a troca de terra antiga por nova e uma pequena limpeza. Para isto, basta retirar o substrato antigo, as raízes podres, e, antes de reenvasar com o material novo lave o recipiente.
É importante deixar pelo menos 2 cm de espaço na direção em que a orquídea está crescendo e o outro lado, que não há mais brotação, pode ficar encostado no vaso.
5 Por que as orquídeas morrem?
Com todos os cuidados citados até agora é muito difícil que a orquídea morra. Mas, se acontecer, algumas das possíveis causas podem ser: falta de ventilação, que pode promover o aparecimento de várias pragas; falta de água, que também pode atrair pragas e inibir seu crescimento; e o excesso de água, que pode causar o aparecimento de fungos e bactérias principalmente nas raízes. As raízes, quando atingidas por algum tipo de germe, perdem sua função e consequentemente sua parte aérea, que seriam os pseudobulbos, e suas folhas acabam morrendo. Este processo de desfunção das raízes pode levar um ano ou mais para se concretizar. Por isso, é muito importante retirar a planta do vaso mensalmente e observar suas raízes.
6 Florescimento
No geral, as flores são o ápice de desenvolvimento da orquídea, sinal de que está saudável e apta a gerar sementes. Mas, em alguns casos, ocorre o que chamamos de “flor da morte”, ou seja, aquela que seria a última florada da planta. Neste caso, a orquídea estaria totalmente debilitada, mas encontra em suas reservas forças para a última floração, que tem o intuito de gerar sementes para perpetuar a espécie.